Arquivo mensal: agosto 2015

Porto Alegre recebe Conferência Livre sobre Prostituição e Cidadania

Esta quinta-feira (27 de agosto), o NEP – Núcleo de Estudos da Prostituição, em parceria com o Coletivo Feminino Plural, Fórum de ONGs AIDS e COMDIM, irá realizar uma Conferência Livre sobre Prostituição e Cidadania, a partir das 14h, na sede da entidade (Rua dos Andradas, 1560, 6º andar, sala 14).

Nessa conferência livre, serão discutidos e construídos mecanismos para a garantia dos direitos e da segurança das mulheres que atuam na prostituição e será debatido o apoio ao projeto de lei Gabriela Leite formulado pelo Deputado Jean Willys que visa regulamentar a prostituição. Dessa forma, o movimento de prostitutas NEP de Porto ALegre visa contribuir para a redução da discriminação na prostituição. A Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres é um importante momento para garantir e avançar na garantia dos direitos das mulheres que trabalham na prostituição.

Mais direitos, participação, segurança e poder para as mulheres é a palavra de ordem. Todas as mulheres que atuam na prostituição e ativistas de direitos das mulheres estão convidadas. É só chegar e somar!

Conferência-Livre

Saiba mais sobre o Nep:

O NEP, é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que atua desde 1989 junto às mulheres profissionais do sexo na cidade de Porto Alegre e no Rio Grande do Sul. A instituição surgiu com a perspectiva de articular e organizar as prostitutas em busca da cidadania que passa necessariamente pela luta contra a discriminação e de garantia de direitos.

Na origem da organização está a luta contra a violência sofrida nas ruas pelas forças da segurança pública, como também a necessidade de organizar o movimento para o enfrentamento da epidemia da AIDS que faz parte do cotidiano de toda a população. Foi buscando parcerias junto aos Conselhos Estaduais e Municipais dos direitos da mulher, Comissão e Conselho de Direitos Humanos e outros que o NEP iniciou sua trajetória, orientando as profissionais do sexo a não se calar quando seus direitos eram violados, e assim, colocar em prática a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Entre as parcerias que apoiam o NEP com projetos destacam-se as Secretarias de Saúde do Estado e do Município, Fórum de DST/Aids, etc.

Atualmente, mais de 3.000 prostitutas estão cadastradas na organização, em média 300 mulheres procuram o NEP mensalmente, participam de reuniões, de projetos estratégicos, de atividades em campo nos locais de prostituição, retiram preservativos, procuram encaminhamentos a saúde, e outros; destas 10 mulheres atuam diariamente na sede da instituição, realizando atividades diversas para o fortalecimento do movimento em nível, local, regional e nacional.

Desde a fundação o NEP é membro da Rede Brasileira de Prostitutas que envolve em média 35 movimentos de prostitutas de todo o Brasil para as quais o maior objetivo é a luta pela regulamentação da prostituição por meio do projeto de Lei Gabriela Leite elaborado pelo Deputado Federal Jean Willys (PL 42111/2012), em tramitação na Câmara de Deputados Federal.

Entre as conquistas, destaca-se a redução da violência pela brigada militar nas ruas e como política pública a inclusão da atividade na CBO (Classificação Brasileira de Ocupação) do Ministério do Trabalho. Por meio desta é possível contribuir com a Previdência Social como profissional do sexo garantindo seguro social a saúde e aposentadoria como qualquer cidadã trabalhadora.

Mesmo com todas as conquistas, ainda hoje as prostitutas, assim como todas as mulheres, sofrem violência de todas as formas. Nos últimos anos tem ocorrido muitos casos de estupros, assaltos, roubos em locais fechados de prostituição em prédios e condomínios no centro de Porto Alegre. A cada dia o NEP recebe novas denúncias das prostitutas que atuam em salas de programa. Em geral, os criminosos entram e saem dos prédios como clientes e ficam impunes, cometendo essas mesmas violências em outros locais.

Ato marca a abertura da Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres da Capital

Um ato marcou a abertura da Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres de Porto Alegre. A manifestação fez alusão ao femicídio que ocorreu em São Leopoldo no começo desse mês. Durante o ato, as participantes fizeram um manifesto à favor da vida, usando o caso recente como símbolo da violência enfrentada pelas meninas e mulheres.

Na foto, Luisa Gabriela com as mãos atadas em alusão à jovem que teve as mãos cortadas pelo companheiro
Na foto, Luisa Gabriela com as mãos atadas em alusão à jovem que teve as mãos cortadas pelo companheiro

“‘A violência contra a mulher é considerada comum e a gente não pode permitir isso’, afirmou Luisa Gabriela, uma das organizadoras do ato e representante do coletivo Ponto de Cultura Feminista. Enquanto um grupo de mulheres exibia as mãos enfaixadas, outras levantavam cartazes defendendo mais políticas públicas para o segmento e também o retorno da Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres (SPM) extinta pelo governo José Ivo Sartori (PMDB).”

Mais informações na matéria do portal Sul 21.

Junte-se a nós na Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres

Convidamos a todas e todos para a participação na 6ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres, que acontece nesta sexta-feira (14) e sábado (15) na Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre (Rua Loureiro da Silva, 255 – Centro). Com a temática “Mais direitos, participação e poder para as mulheres”, a conferência visa traçar estratégias para que as políticas públicas de igualdade para as mulheres sejam efetivas em Porto Alegre. O evento começa às 19h e é aberto ao público.

É fundamental a participação da comunidade para que possamos identificar quais as políticas para as mulheres, avaliar o seu funcionamento e falhas, propor alternativas e, principalmente, denunciar a violência e a desigualdade de gênero que nos oprime cotidianamente.

O credenciamento das e dos participantes é obrigatório e ocorrerá no sábado, das 8h30min às 11 horas. A coordenação alerta que as(os) inscritas (os) terão acesso direto à 5ª Conferência Estadual, desde que tenham 75% de presença participando de um dos Grupos de Trabalho e possuam certificação.

A coordenação do evento é da Secretaria Adjunta da Mulher, vinculada à Secretaria Municipal dos Direitos Humanos, Fórum Municipal dos Direitos da Mulher e Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.

Nós estaremos presentes através da nossa atuação com o Ponto de Cultura Feminista e a Ong Coletivo Feminino Plural. Esperamos vocês!

VI conferencia municipal de mulheres poa

Ponto de Cultura Feminista e Coletivo Feminino Plural participam do Congresso Gênero e Religião

O Ponto de Cultura Feminista: corpo, arte e expressão e a Ong Coletivo Feminino Plural participaram, na semana passada, do IV Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião, promovido pelas Faculdades EST, de São Leopoldo. O Coletivo Feminino Plural contou com um estande no evento e a artista visual e coordenadora do Ponto de Cultura Feminista Luisa Gabriela realizou a performance artística Sem Título.

O evento reuniu movimentos sociais vindos de diferentes locais e realidades que abordam gênero, feminismo, religião. O espaço propiciou o conhecimento entre os militantes sociais e o compartilhamento das experiências.

A performance artística levada ao palco do Congresso apresenta como se dá a construção e apropriação do corpo da mulher a partir das interpretações religiosas, principalmente a católica. Nela, Luisa propõe uma reflexão sobre a mulher enquanto a real criadora.

Sobre o Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião

O congresso nasceu da necessidade de constituir um fórum continental que reunisse iniciativas diversas nos dois campos estudados, a partir da compreensão de que a articulação entre gênero e religião é fundamental do ponto de vista acadêmico, social e político. Como diz a apresentação do encontro, religião, tanto no âmbito das crenças individuais quanto das organizações e instituições religiosas, interfere profundamente na vida das pessoas. Mais informações no site.

Parceria: Isabel Waquil quer compartilhar suas descobertas sobre a mulher nas artes plásticas com a gente

DSCN2064A jornalista Isabel Waquil é uma exploradora do universo de artistas visuais mulheres e sua participação no campo da arte contemporânea através do relato de suas experiências e percepções. O resultado dessa ação é o livro A Palavra Está com Elas – diálogos sobre a inserção da mulher nas artes visuais, contemplado pelo Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais.

Interessada em descobrir a importância da criação de redes entre as artistas e de espaço dedicados à arte feita por mulheres, Isabel viajou aos Estados Unidos para conhecer o trabalho A.I.R., a primeira galeria cooperativa de mulheres artistas do país. Agora, ela está a fim de compartilhar um pouco das suas descobertas com todas aquelas que estão fazendo arte em Porto Alegre e nos procurou para fechar uma parceria. Nós adoramos a ideia e em breve a Isabel promoverá uma roda de conversa sobre tudo isso e mais um pouco. Fica de olho!

Isabel chegou ao Ponto de Cultura Feminista: corpo, arte e expressão através da artista plástica Andressa Cantergiani, membra do comitê-gestor do ponto. Elas trabalham juntas na Galeria Península.